MPF, PF e Judiciário seguem fechando o cerco a corruptos e corruptores. Turma de Aécio e Temer se desesperam
Rodrigo Janot só vai deixar a Procuradoria Geral da República em meados de Setembro, até lá muitas denúncias serão apresentadas ao STF, mesmo saindo da PGR o objetivo de Janot é deixar todos os pontos amarrados para que a sua substituta não tenha como engavetar nada contra quem quer que seja.
Fernando Collor foi denunciado. Gedel Vieira Lima também.
Romero Jucá debochou da denuncia contra ele, mas não demonstrou a mesma confiança de antes e nem o sarcasmo habitual. Se tudo seguir andando como esta não veremos nenhum destes presos, já que o objetivo sempre foi o Lula, mas pelo menos vamos ver os corruptos deste país sendo constrangidos a todo instante.
A Globonews colocou o dedo na ferida.
"De tempos pra cá, muito graças à ação da Polícia Federal e de um raro juiz federal que teve coragem para peitar o sistema de forma contundente (arriscando sua carreira, sua família e até mesmo sua vida), temos visto na imprensa diariamente inúmeros casos de envolvimento de políticos, empresários, especuladores financeiros e até de magistrados, todos ligados entre si tendo por cola a corrupção e por veículo dessa corrupção um ciclo contínuo que já não tem mais nem começo nem fim, e por isso só podemos elencar algumas de suas partes.
Partindo do mais óbvio, podemos iniciar o ciclo com o financiamento de campanhas por parte de empresas. As empresas financiam seus candidatos (muitos, de todos os lados, perfis e ideologias), tais candidatos ganham as eleições e começam a ter que pagar às empresas esses financiamentos. Este pagamento será feito de várias formas. Primeiramente com o seu trabalho, passando leis que beneficiem tais empresas e barrando leis que beneficiem a população e prejudiquem tais empresas. Além disso, tais candidatos, agora eleitos, serão os advogados das empresas na Administração Pública. Lutarão por seus interesses em cada órgão. Além do pagamento em forma de serviços, haverá, claro, o pagamento em espécie. Os candidatos, agora eleitos pelas empresas, cuidarão de direcionar contratos públicos para estas empresas, por meio de direcionamentos de licitação e na maioria das vezes por meio de dispensa de licitação mesmo, na maior cara de pau.
Mas só direcionar ilegalmente contratos não vai pagar as despesas que as empresas realizaram com as eleições. Por isso, esses candidatos eleitos agora irão ter que SUPERFATURAR os contratos, para que sobre, além dos custos do contrato, e do lucro da empresa pelo cumprimento do contrato, dinheiro suficiente para devolver, com juros, o que a empresa gastou em sua campanha. Mas, se vai sair dinheiro ilegalmente pra empresa, e já se está sujo mesmo, então porque não tirar um pouco de dinheiro público pra próxima campanha? “E se já está sujo e mais um pouco, então tiremos dinheiro também pra melhorar nossas vidas”, pensam eles em um determinado ponto. E então sai dinheiro público pra pagar as empresas com juros pelo que emprestaram, pra custear parte da próxima campanha, e pra enriquecer os candidatos agora eleitos. Mas os empresários também querem ficar mais ricos, então sai também dinheiro por fora pro bolso deles. E tem um monte de gente que participa dessas operações, são chamado justamente de “operadores”. E, claro, sai dinheiro por fora pra comissão deles.
No fim, sobre pouco dinheiro pra obras públicas originais do contrato. Não tem problema, baixa-se a qualidade do material, piora-se toda a prestação de serviço. É até bom, porque em breve terá que se refazer, ou seja, nova oportunidade de tirar mais dinheiro público dos bolsos do contribuinte para os bolsos de políticos, empresários, agiotas, especuladores financeiros, operadores e outros tantos de corruptos que aos poucos vão fazendo parte do esquema.
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